segunda-feira

Ultimamente ando viciada em cinema... não que vá ao cinema, mas as maravilhas da Internet e os amigos que me vão emprestando os filmes que ainda não vi, fazem com que devore filmes seguidos sem descanso.
Não sou esquisita, tirando os filmes de terror, "papo" tudo. Desde os filmes de animação, aos clássicos, aos dramas que me fazem chorar sem parar até aos históricos, o pc não tem tido folgas.
É incrível com me dei conta da carga emocional dos filmes de animação...se as crianças se apercebessem da carga emocional dessas filmes, fartavam-se de chorar até não terem mais água dentro do corpo.
Só nestes dias, vi o mesmo filme umas três vezes... Lembras-te do "Mar Adentro"?
Não lhe consigo resistir...é daqueles filmes que me deixa de rastos mas ao mesmo tempo com vontade de ver vezes sem conta.
Quando estamos mais deprimidos, parece que estas coisas nos tocam mais fundo. A mensagem entra no íntimo de cada um e é sentida de uma forma estrondosa, quase como se uma bomba explodisse dentro de nós e tudo o que temos reprimido é liberto num mar de lágrimas de soluços. Não se chora tanto o filme ou a história que está a ser contada, mas choramos os nossos medos e receios, as frustrações e desilusões, os momentos felizes e alegres que vivemos com a pessoa especial que, tantas e tantas vezes, nos fez sorrir.
A morte... essa que nos dá um arrepio...aquela de quem fugimos até não termos mais força. Acho que nunca vi ninguém a falar de forma tão natural e tão meiga da morte. Uma morte ligada a um amor...amor pela vida passada, amor pelo que não se pode ter, não se consegue fazer... amor pela utopia que se instala no ser humano, na sua busca por algo mais grandioso que o próprio ser.

O amor...algo maior que a morte, mais profundo do que tudo o que nos possa separar,que nos ultrapassa e nos arrebata. Um amor...retratado num poema de alguém que o viu e sentiu mais além...

Mar Adentro

Mar adentro,
mar adentro.

Y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo,
es como penetrar al centro del universo.

El abrazo más pueril
y el más puro de los besos
hasta vernos reducidos
en un único deseo.

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras
‘más adentro’, ‘más adentro’
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto,
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.


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