sexta-feira

Acabou a apatia!

Dei o "grito do Ipiranga".
É hora de voltar à acção e acordar para a vida e para o mundo. Tenho saudades da minha chibata, do meu chicote, do meu poder sobre o outro. O carinho e a atenção que ponho em cada chibatada que dou são, exclusivos para aquela pessoa que está ali...ao meu dispor, à minha mercê, a fazer de tudo para me agradar.
Naquele momentos, somos um só...

Sabe-me bem este sentimento de volta, de garra, de querer agarrar o mundo. Dá-me força para continuar!

quarta-feira

Daniel Beddingfield - If You're Not The One

Foi desta!

Foi desta que te deixei!
Estavas a 2 metros e ali ficaste...e ali fiquei impávida e serena num turbilhão de sentimentos. Vi-te e tu também me viste. O cigarro que, lento, nos beijava os lábios seria a ultima coisa que veríamos um do outro.
Foi desta que te deixei... naquela sexta-feira às 6h da tarde encostado à porta de vidro. Tu estavas lá mas eu já não era eu. Recusei-me a ver-te como o grande amor, não aceito mais ter-te em mim, é masoquismo de mais e eu não gosto de dor. Não gosto da minha dor.
Não gosto de ti! Convenço-me a cada dia que passa dessa verdade inevitável...a que não voltaremos a estar juntos, e é então que tudo se dilui no tempo.
Não quero pensar mais em ti! Não vou pensar mais em ti!
Hoje é o adeus...aquele adeus que devia ter sido dito há muito tempo.
Não te quero em mim...não te quero comigo! Fazes-me mal à mente e ao espírito.
Não te quero...
E num adeus sentido...ouço mais uma vez a música que nos uniu...



sexta-feira

Já as tenho comigo! :0)
Já as tenho há algumas semanas, mas ainda não as experimentei. São lindas! Muito sensuais mas ao mesmo tempo têm um "Q" de inocência que lhes dá um certo glamour...
Já as tenho comigo!
Falta-me só ter com quem as estrear...

Finalmente sexta!

Finalmente é sexta-feira! A semana custou a passar... Entre chuvas e vendavais, os minutos pareciam horas e tu tardavas sempre em chegar. De facto, nunca chegaste...excepto em sonhos. Sonhos estranhos e sem nexo, coisas sem cabimento e difícieis de perceber. Mas isso, pouco importa, o importante e fundamental é que estavas lá. Senti-te, cheirei-te e beijei-te vezes sem fim. Amei-te até ao último segundo antes de partires.
Acredito que também me encontras nos teus sonhos e que também me amas.
Mas o que raio é o amor? Esta coisa sem lógica e sem cabimento...será que é amor o que sinto por ti ou é algo doentio que não me deixa tirar-te do pensamento?
Tantas perguntas numa sexta-feira...isto até faz mal!
O importante é que hoje sigo para casa, ao fim de 2 semanas sem lá meter os pés. :0) O fim-de-semana passa sempre tão rápido, quase não dá para aproveitar nada... bem, mas pouco é sempre melhor que nada! E hoje lá vou eu, depois de quase 5h de viagem, vou chegar a casa e aproveitar cada segundo passado na companhia de quem me é importante e querido.
Tenho fé que me vai sair o euromilhões (que crente sou...) e se sair... Bem, se sair, na segunda-feira volto ao trabalho! :)

quarta-feira

Terça-feira

Ontem não te falei...

Ocupei a cabeça com outras coisas, outros assuntos, outros problemas...mais problemas.
Não é por não te falar que me esqueço de ti...como eu queria esquecer-me de ti! Esquecer que existes, acordar e perceber que tudo foi só e apenas um sonho.
Porque teimas em existir em mim? Porque teimas em passar as mãos pelo meu corpo como quando me possuías no meio da noite, quando o teu corpo quente entrava no meu e o tempo parava enquanto fazíamos amor. Quando fecho os olhos, ainda sinto o teu respirar na minha pele, a tua boca nos meus seios e as tuas mãos...percorrendo cada milímetro do meu corpo como se o mundo fosse acabar. A cama era sempre a nossa ultima opção e a monotonia não existia... foram quantos? 3 quase 4 anos... todos os dias me amavas como se fosse a primeira vez, como se os nossos corpos nunca antes se tivessem encontrado.
Eram tardes, noites loucas de amor e de sexo...e que sexo... maravilhoso sexo...o nosso sexo, o teu sexo!

segunda-feira

Ultimamente ando viciada em cinema... não que vá ao cinema, mas as maravilhas da Internet e os amigos que me vão emprestando os filmes que ainda não vi, fazem com que devore filmes seguidos sem descanso.
Não sou esquisita, tirando os filmes de terror, "papo" tudo. Desde os filmes de animação, aos clássicos, aos dramas que me fazem chorar sem parar até aos históricos, o pc não tem tido folgas.
É incrível com me dei conta da carga emocional dos filmes de animação...se as crianças se apercebessem da carga emocional dessas filmes, fartavam-se de chorar até não terem mais água dentro do corpo.
Só nestes dias, vi o mesmo filme umas três vezes... Lembras-te do "Mar Adentro"?
Não lhe consigo resistir...é daqueles filmes que me deixa de rastos mas ao mesmo tempo com vontade de ver vezes sem conta.
Quando estamos mais deprimidos, parece que estas coisas nos tocam mais fundo. A mensagem entra no íntimo de cada um e é sentida de uma forma estrondosa, quase como se uma bomba explodisse dentro de nós e tudo o que temos reprimido é liberto num mar de lágrimas de soluços. Não se chora tanto o filme ou a história que está a ser contada, mas choramos os nossos medos e receios, as frustrações e desilusões, os momentos felizes e alegres que vivemos com a pessoa especial que, tantas e tantas vezes, nos fez sorrir.
A morte... essa que nos dá um arrepio...aquela de quem fugimos até não termos mais força. Acho que nunca vi ninguém a falar de forma tão natural e tão meiga da morte. Uma morte ligada a um amor...amor pela vida passada, amor pelo que não se pode ter, não se consegue fazer... amor pela utopia que se instala no ser humano, na sua busca por algo mais grandioso que o próprio ser.

O amor...algo maior que a morte, mais profundo do que tudo o que nos possa separar,que nos ultrapassa e nos arrebata. Um amor...retratado num poema de alguém que o viu e sentiu mais além...

Mar Adentro

Mar adentro,
mar adentro.

Y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo,
es como penetrar al centro del universo.

El abrazo más pueril
y el más puro de los besos
hasta vernos reducidos
en un único deseo.

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras
‘más adentro’, ‘más adentro’
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto,
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.


domingo

Diário do passado I

Já passaram alguns dias desde que te vi.
Não me sais da cabeça.
Dizem-me que isto são coisas mal resolvidas...Talvez tenham razão. A verdade é que não sei bem o que ando aqui a fazer.
Não fazia ideia que ver-te, ter-te assim tão perto e tão distante fosse mexer comigo da forma que mexeu.
Foi um sentimento estranho. Já te conheço, já me conheces, vivemos tanta coisa juntos e, no entanto, a sensação que tive quando te vi foi inexplicável.
Lembrei-me do nosso primeiro beijo...naquele nascer do dia com a cidade à nossa frente... Lembrei-me da serenata que me fizeste quando me pediste em namoro, das declarações e dos poemas recitados à janela minutos antes de desapareceres no fundo da rua... fomos felizes...fui feliz.
Ver-te tão perto, tão adulto, tão...não sei explicar o que senti...fiquei embriagada com a tua presença, nunca tinha sentido nada assim. E tu sabes que eu quando digo nunca, é porque é mesmo nunca.
Não sei se algum dia estivemos tão perto e, no entanto, tão longe...estavas a dois metros de mim e mesmo assim, estávamos incrivelmente afastados... tínhamos o mundo inteiro entre nós...um abismo intransponível.
Como eu gostava de ter tido a coragem de te falar, agora sei que o fazer seria um acto suicida...não me ia controlar, ia implorar por ti, fazer figura triste em vez de me alegrar com o teu sucesso, com a tua conquista.
Achas que estou a ficar maluca?
Tenho a certeza que, se estiveres a ler isto, vais dizer "Não estás, já o és há muito tempo!"...e é verdade, cada vez mais me convenço disso.

Diário do passado

Depois de ti vieram outros...muitos outros...talvez não tantos quanto isso!
Se foram importantes? Há alguns que me marcaram, mas não pelos motivos que estarás a pensar. Pelas suas atitudes, pelas suas palavras ou até mesmo pela sua forma de estar na vida. Passei muitas noites acompanhada, mais ainda foram as que passei sozinha e, durante muito tempo, não acordei durante a noite. Vivi em "coma" com a tua ausência. Não chorei, não arranquei os cabelos nem desesperei... acho que fiquei em choque desde o dia em que tudo terminou.
Quando soube tudo o que supostamente acontecia nas minhas costas, a raiva cegou-me. Até ao momento da ruptura definitiva, andava movida pela mágoa. Magoar-te tanto como me sentia magoada era o meu "pote de ouro no fim do arco-íris".
Nessas noites também acordava...mas já não me sentia feliz...mas também já acordava sozinha.
Tínhamos mudado de rumo...e nem uma palavra era dita sobre o assunto.

Não sei porque relembro agora tudo isto. Na minha lembrança os teus olhos ficam mais verdes, os tiques acentuam-se, tudo fica mais claro...transparente...mas ainda assim, não consigo ouvir a tua voz, sentir o teu cheiro, saborear o teu beijo.
És como um surdo. Não te oiço falar porque não me ouves, não ouves o que tenho para te dizer.
Porque é que não posso falar com os dois?
Se foram ambos importantes na minha vida, é normal que queira falar com os dois!!!
Tens razão, provavelmente ele não me ia compreender, tal como tu não me ias ouvir. As opções que fizemos gritam mais alto...tão alto que não conseguimos ouvir o que temos para dizer uns aos outros...
Somos iguais...tu e eu!
Tu não me queres ouvir e eu também não tenho interesse em ouvi-lo...a ele que veio depois de ti. Ele e as suas frases feitas, às desculpas que afinal não são desculpas.
Finalmente desprendi-me!!
Dei mais por ele do que dei por nós.
Não sei porque te conto isto, porque falo contigo sobre ele... talvez seja por também ter acordado, por ter olhado para ele enquanto dormia e me sentir feliz.
Mais uma vez, tudo se desmoronou e eu só vi quando já era tarde de mais. O que, ao principio, começou por ser uma "brincadeira" acabou numa separação devastadora.
Agora, passado algum tempo e olhando para o passado, percebo porque nunca daria certo. A cumplicidade nas coisas básicas e simples não existia, era tudo feito no momento e o futuro era uma utopia. Falávamos de coisas... tantas coisas apenas para não ficarmos calados. Ainda dói relembrar como tudo acabou, e os motivos que levaram a tudo ter acabado...tanta coisa sem sentido, sem lógica e sem nexo...

Lembras-te como dormíamos?
Naquela altura não dava muita importância a isso, mas agora parece-me um acto de intimidade e cumplicidade extrema que, tenho a certeza, será difícil encontrar igual.




Para ti...que sei que não me lês

Ás vezes, durante a noite, acordo sozinha nesta cama imensa.
Lembro-me de ti.
Tantas vezes acordei, olhei para o lado e me senti feliz por te ter naquele momento, por desejar que fosse sempre assim... Revivo momentos de fúria, discussões acesas em que a troca de palavras nem sempre era agradável ou a forma como as coisas eram ditas nem sempre era a mais simpática e afável.
Nessas noites também acordava, também olhava para ti e, era nesse momento que me sentia mais agradecida, mais feliz por te ter comigo.
Uma relação, um amor não evolui só com momentos felizes e de carinho... um amor assim é uma fachada para outra coisa qualquer.
O debate de ideias e opiniões, as discussões, os amuos e coisas parecidas, são o sal das relações. Há que ter actividade cerebral, dizer o que nos vai na alma e no pensamento; ouvir coisas que sabemos que nunca ninguém nos diria, ou que nunca aceitaríamos ouvir se viessem da boca de outros. Mesmo assim, no meio de toda a confusão que se gerava à nossa volta, no meio da troca de galhardetes pouco simpáticos e carinhosos, olhava-te... e era naquele curto espaço de tempo (segundos talvez) que me dava conta que te amava.
Para mim o pensamento do amor resume-se a :
"Estás a ser um parvo, mas mesmo assim gosto de ti!"