domingo

Para ti...que sei que não me lês

Ás vezes, durante a noite, acordo sozinha nesta cama imensa.
Lembro-me de ti.
Tantas vezes acordei, olhei para o lado e me senti feliz por te ter naquele momento, por desejar que fosse sempre assim... Revivo momentos de fúria, discussões acesas em que a troca de palavras nem sempre era agradável ou a forma como as coisas eram ditas nem sempre era a mais simpática e afável.
Nessas noites também acordava, também olhava para ti e, era nesse momento que me sentia mais agradecida, mais feliz por te ter comigo.
Uma relação, um amor não evolui só com momentos felizes e de carinho... um amor assim é uma fachada para outra coisa qualquer.
O debate de ideias e opiniões, as discussões, os amuos e coisas parecidas, são o sal das relações. Há que ter actividade cerebral, dizer o que nos vai na alma e no pensamento; ouvir coisas que sabemos que nunca ninguém nos diria, ou que nunca aceitaríamos ouvir se viessem da boca de outros. Mesmo assim, no meio de toda a confusão que se gerava à nossa volta, no meio da troca de galhardetes pouco simpáticos e carinhosos, olhava-te... e era naquele curto espaço de tempo (segundos talvez) que me dava conta que te amava.
Para mim o pensamento do amor resume-se a :
"Estás a ser um parvo, mas mesmo assim gosto de ti!"

Sem comentários: